Raízes do Meu Povo

Estudos, Vivências e Oficinas sobre o Jongo e suas manifestações culturais. Projeto dedicado a preservar e celebrar as tradições ancestrais do Jongo, uma forma de expressão cultural que mais que uma simples dança ou música é uma manifestação de resistência.

Oficina de Jongo Tempo Telua☀️🦅, São Paulo, 2022

O Jongo

Os Tambores - Tambú e o Candongueiro!

Falar de tambores não é fácil. Conotações naturais e sobrenaturais ilustram as pesquisas teóricas e de campo para engrandecer o conhecimento do leitor.

Ligados e conectados aos rituais que se relacionam às danças, à música, à literatura e à religiosidade a força dos batuques está presente como elemento fundamental, chegando a exprimir a identidade profunda de uma música intimamente ligada ou de uma linguagem falada.

"Chama sinhá candongueiro chama sinhá
Chama sinhá candongueiro chama sinhá
Pode me chamar que eu vou
Pode me chamar que eu vou"

"O repicar do Candongueiro atravessa os vales, avisando aos jongueiros das fazendas distantes que é noite de Jongo." Jongos do Brasil

O Jongo é desenvolvido ao som dos tambores, o Tambú, ou caxambu (som grave) e o Candongueiro (som agudo). Tambores primitivos feitos de tronco escavado de árvore e couro animal pregado na madeira. De origem Banto conhecidos como "NGOMA" em Angola e no Brasil, aquecidos e afinados no calor de uma fogueira onde o fogo "estica" a péle e afina naturalmente o tambor. Também utiliza-se barricas de vinho como estrutura dos tambores.

Fabricados pelas comunidades quilombolas de maneira artesanal, carregam em si um grande significado de vínculo com os ancestrais. Na religiosidade africana o tambor é uma entidade que faz a ligação e a comunicação entre os planos espirituais e terreno. No Jongo cada tambor é considerado como um integrante da roda por representar a ligação entre a comunidade e a ancestralidade jongueira.

No início da festa os jongueiros saúdam os tambores e pedem a benção aos "mais velhos" tocando no couro em sinal de respeito e ao final repete em sinal de gratidão.

"Oh Tambú, meu tambú quando eu for me embora para bem longe quando eu for me embora para bem longe eu levo comigo esse som que bate forte no meu coração"

Sobre Nós

Meu nome é Gleydson Borges☀️ , tenho 33 anos e sou responsável pelo Projeto Raízes do Meu Povo

Minha História com o Jongo começa em 2016, o Instituto Cultural 7 Porteiras do Brasil, a qual eu participava promoveu uma Oficina de Jongo com o intuíto de conhecermos sobre o Jongo, para que pudessemos ir de Caravana ao Quilombo São josé da Serra - RJ

Em 2020 com a abertura do Telua☀️🦅, tive a oportunidade dar recomeçar os estudos e dar continuidade com as oficinas de Jongo com Encontros quinzenais que aconteceram na Rua paulo de Faria 176.

O Projeto Raízes do Meu Povo é uma iniciativa independente e ressalta a importância de manter a Cultura Afro Viva.
Dedicada à preservação, celebração e promoção das ricas tradições culturais de nossa comunidade. O projeto nasceu do desejo profundo de reconhecer, honrar e fortalecer as raízes que nos conectam às nossas origens ancestrais.

No coração do projeto está o compromisso com o resgate e estudo do Jongo e outras manifestações culturais que moldaram nossa identidade ao longo dos séculos. Buscamos vivenciar e compartilhar essas expressões culturais, enriquecendo assim nossa comunidade com sua beleza e significado.

Nossas atividades englobam uma variedade de iniciativas, desde encontros em espaços públicos até eventos culturais, palestras educativas e workshops práticos. Acreditamos na importância de criar um diálogo aberto e inclusivo, onde todos os membros da comunidade são convidados a participar, contribuir, compartilhar e aprender juntos.

Além disso, o Projeto Raízes do Meu Povo está comprometido em fortalecer os laços comunitários e promover uma cultura de resistência, que celebra nossa herança cultural enquanto enfrenta os desafios contemporâneos. Acreditamos que ao reconhecer e valorizar nossas raízes, podemos construir um futuro mais solidário, justo e inclusivo para as gerações vindouras.

Abaixo algumas oficinas que foram realizdas no Telua ao longo de seus 3 anos de atividades

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